11.08.2007

candles...

E acendo um cigarro.
Mal hábito abandonado.
Acho melhor apagar, não vale a pena voltar e o cheiro já não me agrada como agradava.

Pequenas coisas fazem a gente desanimar.
Pequenas atitudes vão pouco a pouco minando nosso ânimo.

As vezes penso em desistir. Desistir de tentar.
As vezes me parece simplismente que não dá certo. Que mais uma vez, só gostar não é tudo.
É necessário ser compatível. As engrenagens tem que se encaixar sem esforço, no máximo um óleo para fazer com que deslizem melhor.
O que sinto acontecer é constante atrito. Partes não designadas para se encaixar dividindo o mesmo espaço, arrancando lascas um do outro numa tentativa de se adaptar, e criando desgaste e desgaste.
Não adianta só amar. Tem que falar. Mas de que adianta falar quando lhe é pedido? E a magia de sentir aquele arroubo de emoção vindo de dentro e falar 'Eu te amo?'
Será necessidade de ouvir ou carência. Será falta de acreditar ou sentir?
E se não falar, aquela frieza glacial toma conta.

Acho que estou ficando cansado. Cansado de tudo mesmo. O trabalho está me minando as forças, estou com tudo desorganizado, e o namoro parece que não flui, sempre travando em algo.
Era para trazer alegria, mas parece mais uma eterna batalha entre céu e inferno. Inconstante, instável. Como uma vela lutando contra o vento para permanecer acesa.

Sinto como se a qualquer momento ela fosse apagar. Não por falta de amor, mas por excesso de desgaste. Como se a parafina dessa vela estivesse toda lá, mas na batalha contra o clima para se manter acesa, seus pedaços estão por todo lado. Já não é mais aquele bastão sólido e homogeneo. É um pavio com alguns nacos de parafina ao seu redor.

Acho que só o tempo pode dizer se a vela vai se recompor, e voltar a queimar firme e forte, se o tempo vai dar trégua para deixar ela brilhar, ou se simplismente ela vai se apagar...

Relacionamentos são difíceis por natureza, ou nós que os tornamos assim?
É uma resposta que eu gostaria de saber. Algo para refletir esses dias.

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